terça-feira, março 28, 2006

Legalidade = burrice?

Uma quantidade enorme de sujeitos hoje em dia nunca comprou algo legal (que não ilegal, seu nub). Falo de jogos, CDs, DVDs. E o pior é que eles se acham incríveis. "Mwhahaha nunca comprei nada, só vou no camelô, já economizei mil pila"; "tu compra original? bwhahaha que fracassado". Coisas comuns de se ouvir. No final fica a idéia de que agir na legalidade é burrice, o negócio é no piratex.

Quando tu compra algo pirata, para onde vai o dinheiro? Para um chinês qualquer. Já o original tem que cobrir gastos, enormes no caso de jogos: PCs (equipamentos, softwares legalizados), escritórios, marketing, salários, luz, telefone, etc ("omg é só um disquinho qualquer"). Não é pouca coisa. Logo, é comum empresas quebrarem. Com filmes os gastos também são enormes às vezes, mas geralmente tudo já foi pago com as bilheterias. E os chineses continuam lucrando nas costas dos outros.

Eu não quero dizer que o negócio é ser 100% legal/original, até porque na realidade do Brasil isso é impossível. Alguém compra Windows original? Acho que só empresa, e olhe lá. Mas custa, uma vez ou outra, comprar algo decente?

Por exemplo. Recentemente adqüiri o jogo para PC StarCraft + SC Brood War, 40 reais. Das pessoas para quem falei isso, 90% delas fizeram comentários do tipo: "40 reais? Se mata"; "Pra que original? Pffff"; "Pra que isso? É a mesma coisa que baixar/comprar na esquina"; "pagar isso por dois cedezinhos? bah", coisas assim. Agora você mesmo pode estar se dizendo algo assim. Por que, afinal, comprar o original? Eu dou alguns motivos que, pelo menos para mim, são válidos.

  1. Eu gosto do jogo - antes eu pensava que SC era jogo de naves ou coisa assim. Até que um dia, sem nada para fazer (e com um espaço sobrando no HD), resolvi baixar o tal lite de 20MB. Aos poucos fui virando devoto do jogo. Até que um dia eu me estressei que ninguém mais jogava e deletei (na verdade, deletei mais porque precisava de espaço). Então fui pesquisar em sites de venda e achei ele lá, e então quis comprar para voltar a jogar, e não usar o diabo da versão lite ripada até os ossos.
  2. Tá barato - quem quiser jogos originais por 10 reais (ou dólares) vá para os EUA e espere uns dois ou três anos se passarem do lançamento. Não que eu não gostaria, mas tenho consciência de que o Brasil é uma desgraça para as softhouses. Empresas que produzem quase que só para consoles nem chegam perto daqui. Os motivos são básicos: impostos e pirataria. Enfim, continuando, o jogo custa 40 reais, incluindo a expansão Brood War. O povo parece que só gosta dos "JOGOS DO MOMENTO AEWLZ111!!", que sempre tão 99 conto. Agora olhe os mais "antigos". Coisas do tipo Need For Speed Underground, Medal of Honor Allied Assault e Half Life custam 30 reais. Eu sei que a moda é NFS Most Wanted, MOH Pacific Assault, HL2, mas isso faz com que os antigos sejam ruins? Para quem nunca jogou tem aí uma oportunidade, e quem já, pode fazê-lo de novo, e dessa vez sem viadagens de crack e afins.
  3. CD-Key - confesso que esse não foi um dos principais motivos que me levaram a comprar, mas para alguns é o principal. Com o CD-Key você não precisa se bater atrás de servidores piratas da vida, é só entrar na battle.net (no caso da Blizzard) e tudo feito.
  4. O prazer de ter o original - esse provavelmente é o tópico que mais fará os indivíduos que citei lá no começo começarem a chiar. Eu simplesmente gosto de ter o original. Tudo embalado certinho, CDs sem defeitos ou bugs escrotos, manual bonitinho. Me sinto bem com a caixa na mão. Não sem explicar bem, mas é isso. Podem falar à vontade agora. :)
    O mesmo eu faço com CDs de música e DVDs de filmes ou shows. Eu iria falar disso separadamente, mas deixo aqui mesmo. Tenho minhas bandas favoritas e tal, e dessas eu faço questão de comprar os CDs ou DVDs sempre que posso. "OMG que nub, já ouviu tudo mesmo". Eu acho que tenho pena de sujeitos que fazem comentários assim. "O CD é caro11!". De certa forma está certo. Mas o mesmo vale aqui: o Brasil é uma merda. A maior culpa do preço alto dos CDs são impostos, creio eu. Nos EUA a renda do povo é maior e os CDs custam 10 dólares. Quer mais? Mas enfim, a idéia também é pesquisar um pouco, às vezes o primeiro e único lugar onde você olha o preço pode ser muito maior que outro. Enfim, para DVDs de filmes é a mesma coisa (nota: o negócio é não comprar DVD no lançamento. Chegam a custar 50 ou 60 reais. Menos de um ano depois já estão por 20~40). Não tem muito a ver, mas nos EUA o padrão de televisão é 27 polegadas, e lá custam 200 dólares. Lembre-se sempre: além disso, a renda é maior.
  5. O dinheiro é meu - esse não precisa de descrição.
Não sei se com esse texto conseguirei mudar idéias de alguém, mas deixei o recado.

quarta-feira, março 01, 2006

Motocabaços

Você sabe o que significa estereótipo? Não, não são os remedinhos que cara de academia usa pra ficar bombado, esses são esteróides, seu imbecil. Volta pra escola plz. Afinal, como caralho você achou este blog? Fica nas merdinhas da katilce e dos miguxos da sua laia, seu verme.

Um estereótipo é um molde genérico de algo. Como é uma palavra muito complicada inventaram o conceito de "Classe" na programação orientada a objetos. Sabe, é mais fácil declarar "public class" do que "public stereotype" no código. Bom, é a mesma coisa. Um estereótipo é um modelo geral de qualquer coisa que se imagina. Imagine um japonês. Sim, eu sei que você imaginou um cara de estatura média, olhos puxados, cor amarela, moreno, de pinto pequeno, que vende pastel na feira e um mestre supremo em todas as artes marciais conhecidas e até alienígneas - porque esse é o estereótipo padrão de um japonês.

Porém, o estereótipo é uma definição geral, ele não apresenta particularidades. Eu já surrei um japa na escola quando eu tava no primário, ele não era nenhum especialista em kung fu; e eu já vi filmes pornôs com japas. Ok, também já vi japas loiros, mas eles tingiram o cabelo, vou abordar o que leva as pessoas a isso em outro artigo futuro.

Assim, não é possível generalizar, principalmente quando se trata de pessoas ou organizações. Como regra geral é tratado cada um como cada um, e o estereótipo é deixado para segundo plano. Existe só uma exceção sólida à regra (na verdade existem três, mas não são nada comparadas a esta): motoboys.

Motoboys são a maior merda existente na sociedade paulista. Eu poderia ser audacioso e dizer "na sociedade brasileira", mas nunca saí de São Paulo, então deixa pra lá. Mas aqui no estado, ah meus amigos, aqui é uma merda. Se você que estiver lendo este texto for um motoboy, saiba que eu o desprezo e desejo que você morra da pior forma possível, de preferência que todos os seus irmãos motoboys te acompanhem e queimem no fogo do inferno enquanto são estuprados. Mas duvido que você seja, qualquer um dessa laia semi-analfabeta teria parado no primeiro parágrafo ali em cima.

Motoboys paulistas são uma gangue. Eles são eles, e o mundo que se foda. Eles te cortam no trânsito, eles estouram o espelho do seu carro, eles se agarram em escapamento de ônibus pra economizar combustível, eles brincam de siga-o-mestre andando a 60km/h em um engarrafamento com aquela buzininha baitola, eles não acendem a porra da lanterna à noite, eles não param na porra do sinal vermelho - e acham que estão certos. E se você tiver o azar de ter um desses filhos da puta batendo no seu pára-choque e se espatifando no chão como os protozoários de merda que são, todo o enxame vai vir em cima de você pra te linchar. Porque eles são amiguinhos. Olha que amor lindo entre os motoboys, um protege o outro, uma grande familia feliz.

Familia de filhos da puta.

Já ouvi vários relatos do tipo que citei acima, mas um foi pessoalmente. Um colega do meu pai emprestou o carro para a mulher ir até o shopping com a filha de oito anos; comprar coisas, intoxicar a filha com sorvete, merdas do tipo. No caminho de volta, um desses cabaços veio a milhão e se arregaçou na lateral do pára-choque dianteiro do carro, rasgou a perna, perdeu o equilibrio e deslizou uns vinte metros com a moto. Em meio minuto juntaram o que a perícia lhe disse ser oito ou nove motogays - chutando, mandando pedra e dando cavalo de pau no carro com as motocas. O carro foi aniquilidado. Perda total. A mulher sofreu cortes, teve hematomas, uma das pedras abriu a cabeça e ela levou dezoito pontos perto da orelha. A filha também se feriu de leve e ganhou um trauma pro resto da vida.

Então, quando tavam na delegacia, esse colega do meu pai chegou no delegado de plantão lá e disse que ia comprar um jipe, e sair toda noite que fosse possível pelas rodovias e marginais; sempre que passasse um motoboy do lado ele pegava e virava o jipe em cima do cretino, pra matar, no mínimo aleijar o cara ou jogar ele no rio pra que se afogasse. E o que o delegado respondeu?

"Se for fazer isso, faz depois do km 16 que fica fora da nossa jurisdição e é menos problema pra gente."

NINGUÉM, em sã consciência, apóia motoboy. Esses são a plebe das plebes. Um amigo meu teve a cara de pau de virar e me falar "ah, mas coitados, eles trabalham sob pressão, os patrões exigem tudo pra ontem, talvez eles não tiveram oportunidade na vida, e tem gente como você que fica falando isso". E VÁ SE FODER SE VOCÊ PENSA ESSA MERDA TAMBEM. EU TAMBÉM TRABALHO SOB PRESSÃO, e se você trabalha TAMBÉM É SOB PRESSÃO. É tudo pra anteontem. E nem por isso eu ou você pegamos um pedaço de metal e damos no crânio do povo que mostra o dedo do meio pra gente. "Oportunidade" é desculpa de derrotado. Silvio Santos era camelô. E ele não é o único que subiu na vida.

Se você tem um amigo ou parente motoboy, ou mesmo queira poupar alguém de futuros constrangimentos, peça para que abandone(m) a profissão. "Motoboy" é a exceção à regra dos estereótipos: enquanto a regra diz "tudo é particular, e o que sobra é genérico", com motoboys é "tudo é genérico, e o que sobra é particular". Motoboys são a desgraça da sociedade paulista. Sempre existem exceções à regra, mas elas são a total minoria. Muito poucas. Quase tendendo a zero.

Não esqueça de que ninguém gosta de motoboys. NINGUEM, nem a policia, nem os bombeiros, nem os médicos, nem porra nenhuma. Se você já dirige sabe do que eu estou falando. Se você já andou com alguém que dirigia o carro sabe do que estou falando, e o dia em que você próprio for dirigir vai odiar essa macacada tanto quanto eu odeio.

Motoboys são o dejeto da sociedade. Todos devem voltar pro esgoto, de onde nunca deveriam ter saído. Joguem essas merdas no piche quando morrerem, não vão fazer falta nenhuma.

Tenho dito. Até a próxima.