sábado, julho 09, 2005

Final Fantasy - parte 2

Bem, depois do post do Morbak sobre nerds, aproveito pra dizer que Final Fantasy também é coisa de nerd! :D Eu sinto pena desse povo, que quando você fala Final Fantasy, dizem "Final Fantasy? Besteira, prefiro Winning Eleven". Pois bem, não que eu não goste de Winning Eleven e derivados, mas para mim, quando eu vejo que o cara joga Final Fantasy e/ou outros RPGs em geral, já sobe no meu conceito.

Continuando minha humilde série de análises da série da Square no PlayStation, agora é a vez do grandioso Final Fantasy VIII. Já vou dizendo antes de tudo que eu puxo o saco um pouco mais desse jogo, pois foi meu primeiro FF e também o que eu mais me apeguei, principalmente em termos de enredo.

Vejamos... Vou falar do sistema do jogo, que eu sei que é o que mais interessa a quem nunca viu, ou seria o que eu prefiro falar? Bom, outro dia descobrimos isso. Vamos lá.

Como eu disse no meu post anterior, o sistema de FFVII é muito precário, o que não acontece em FFVIII! A interface é ótima, dá até mais vontade de mexer. Os itens estão bem mais organizados, o que não havia lá no outro *desprezo*, além do equivalente em FFVIII às materias de FFVII não gerarem nenhum estresse para se trocar de personagem, apenas em alguns momentos...

FFVIII tem coisas que o diferenciam de qualquer outro RPG. Aqui você não ganha dinheiro em batalhas, você recebe salário. Dependendo do seu rank SeeD, você recebe tantos Gil a cada intervalo de tempo. Isso incomoda alguns, mas não chega a ser problema, pois o jogo não usa muito o dinheiro. Além disso, eu consigo ficar milionário em segundos depois de um momento tal, mas deixa pra lá u.u. Bom, temos também o caso dos equipamentos. Aqui você só tem a arma, e não se compra novas, 'evolui-se' a sua. Para isso você precisa de alguns itens (que nas melhores armas são um saco para encontrar - teoricamente u.u) e uma quantia modesta de dinheiro. Com isso melhora-se o poder de ataque e a precisão (Hit%), e no caso de Squall, novos Limit Breaks.

Há também o fato de que a quantia de experiência para subir de nível é sempre a mesma: 1000. A quantia de experiência ganha ao derrotar um inimigo parece variar sempre - depende do seu nível, se usou ou não GFs, etc. Por exemplo, existe um monstro que derrotei muito dificilmente, e ganhei mais de 2000 de experiência (isso mesmo - dois níveis a mais), mas quando o derroto facilmente recebo um valor bem menor. Também recebe-se experiência quando apenas batalha um pouco e foge (valor relativo ao tanto que batalhou). Chefes não dão experiência alguma, o que chega a frustrar as vezes.

Outra coisa peculiar em FFVIII é em relação às magias. Aqui não há MP. Você "junta" magias. Pode-se ter 15 Fires, 78 Sleeps, 34 Holys, etc. Invés de conseguir magias por nível ou materia, aqui você dá "draw" nelas - de draw points espalhados pelo jogo, ou dos inimigos, em batalha. Claro que certas magias, como Ultima, você não consegue em qualquer lugar. Já as básicas como Fire, Blizzard e Thunder, além de outras, há em qualquer lugar. Também é possível conseguir magias refinando itens no menu Abilities do jogo. Cada personagem pode carregar consigo 32 magias diferentes - no máximo 100 de cada - das 56 existentes no jogo.

Agora ao sistema principal em que roda todo o jogo: Junction. "WTF é junction?". É meio difícil explicar... Vamos lá. Vou começar explicando da raiz de onde círcula o negócio. Em toda a série sempre houve as invocações, summons, que seje. Sempre tiveram um papel importante, afinal, com elas você detonava chefes em segundos. Bem, eu diria que em FFVIII elas tem uma papel muito mais importante, apesar de que não tanto assim diretamente, atacando. Aqui em FFVIII elas têm outro nome: Guardian Force, ou simplesmente, GF. No começo do jogo você ganha dois GFs: o estreante Quetzacotl, substituindo Ramuh no posto de invocação de trovão, e a veterana Shiva, do gelo, e daí já entra no mundo do junction. Agora que já introduzi os GFs, é possível explicar o Junction...

O junction, como o nome diz, é uma junção, do personagem com o GF. Cada GF possui certas habilidades, que variam de habilidades de batalha (que podem ser, por exemplo, de aumentarem status, HP +60%, Atk +20%, Spr +20%; de comandos, desde os básicos como Attack, Magic, Item, até outros como Mug, Revive, Devour; alguns de auto-status, como Auto-Haste, Auto-Protect; e vários outros); habilidades para os ataques dos próprios GFs (como GF HP +20%, GF Atk +20%, Boost); habilidades de 'menu', que eu acho meio impossível explicar, ainda mais fazendo tempo que não jogo, mas são as habilidades do menu Abilities, com elas pode-se fazer de tudo, refinar magias, transformar itens em magias, magias em itens, conseguir itens para Limit Breaks, e várias outros tipos de habilidades, só jogando mesmo para ver. E todas elas você ganha juntando AP, Abilitie Points, que você ganha em batalhas, assim como a experiência (em quantidade menor, claro). Alguns comandos precisam de algumas dezenas de APs, enquanto outros mais de duas centenas.

Vou tentar resumir daqui em diante, para não me prolongar no assunto de Junction. O que dá mais dinamismo é que você pode 'junctionar' magias à atributos. Por exemplo, atribuir "Fire" ao valor de ataque, assim aumentando. Para poder fazer junção com um atributo, é necessário que algum GF tenha essa habilidade (Atk-J, significa poder fazer junção de magia ao ataque). Certas magias são melhores em tal atributo, por exemplo, Full Life é a melhor para HP. A famosa Ultima certamente é melhor em todos, mas não é tão fácil consegui-la. Além disso, pode-se atribuir elementos aos ataques normais, por exemplo, fazer com que um ataque normal tenha elemento gelo. E também pode-se fazer com que o personagem sofra menos dano de certo elemento, ou até mesmo absorvê-lo. E pode-se fazer junção também com magias de status, podendo fazer o ataque normal aplicar algum status, ou deixar o personagem imune a vários status (sleep, darkness). Algumas coisas assim existiam em FFVII, mas de jeito diferente e mais incômodo, se assim entendem.

Isso e outras coisas fazem do junction um sistema praticamente infinito.

As apelações em FFVII eram a materia Knights of the Round e os limits de alguns (eu só vi o último do Cloud u.u), e algumas materias que te deixam praticamente invencível. Bem, em FFVIII os GFs tem um ataque ridículo (de fraco), as magias então... então o negócio são os limit breaks. Em FFVII os limits eram acionados por uma barra que ia carregando, já no VIII ele se acionam quando o personagem tem 1/4 ou menos de HP, aparecendo uma opção para fazer o limit, apertando pra direita com o cursor em Attack. Cada personagem tem um tipo de limit, Squall faz apelações infindáveis com sua Gunblade e ganha novos evoluindo sua arma; Zell dá porradas (meio inútil); Quistis usa Blue Magic, a magia dos monstros (algumas são super úteis); Rinoa faz coisas aleatórias com sua cachorra (razoavelmente útil); Irvine atira com munições (itens) especiais (muito útil); e Selphie abre um menu que vai aparecendo magias aleatórias, tendo algumas exclusivas dela, como o The End, que acaba com qualquer inimigo (mas é meio inútil). Também pode-se acessar o limit usando o item Aura, podendo assim ganhar qualquer batalha em segundos (principalmente com uma tal de Lion Heart com o Squall :X). Tem gente que joga o jogo e nem se preocupa com limits, usando só GFs e achando magias inúteis. GFs que são inúteis, no máximo um que dá uns status tal lá u.u, mas as magias causam muito dano quando sabe-se usar (que tal um triple Meteor ou Ultima? :x), e também para outros fins.

Bem, agora dando uma visão mais geral. Os gráficos são muito superiores aos do FFVII. Os personagens aqui estão modelados como pessoas mesmo, e não em SD. Os gráficos dos cenários, sempre pré-renderizados, também são excelentes. Alguns poucos se movimentam, claro, mas aqueles que o se movimentam o fazem bem. As CGs nem precisam de comentários, são todas excelentes, as melhores até então. Há várias vezes que as CGs interagem com os polígonos (por dois motivos, um é a preguiça dos caras de modelarem os personagens, o outro é que em alguns momentos o grupo não é certo, então não tem como fazer CG :p então colocam só o Squall ou fazem poligonal), fica meio estranho, mas é legal. O som do jogo dispensa comentários, principalmente se falar das músicas cantadas, Liberi Fatali (que foi tocada nas olimpíadas de 2004 em alguma ginástica da vida :p), que parece um canto lírico, até em latim é. A outra é simplesmente uma das melhores músicas de todos os tempos, Eyes On Me, cantada por Faye Wong. Sim, essa música é uma das mais lindas da história da humanidade, err, reaeaen arhhmram, bah, fico sem palavras. Bem, sobre o resto do som, as músicas são ótimas, há composições inéditas e, claro, músicas dos outros Final Fantasies.

Bom, vou acabando por aqui. Acabei enrolando um monte e só saiu isso aí. Até daqui sabe-se quanto tempo e o post de FFIX :p

"PERAE!! E ONDE SE PASSA ISSO? CADÊ OS PERSONAGENS, ENREDO??". Pois é, por mais que eu saiba, acabei ficando sem saco pra escrever sobre ele :p Imagina eu dizer que começa com dois caras lutando, depois tenho que dizer quem são os caras, por que estavam lutando, qual a sexualidade deles, etc...

1 Comentários:

Às quarta-feira, julho 13, 2005 11:46:00 PM , Blogger Luiz Madeira disse...

Esqueci de comentar. Mais um texto gigante e DECENTE né, porque tem uns por aí.. ehauheu do Marcelo. Mais um reviews QUASE bom. Só não ficou bom porque faltou o mais importante né? XD

 

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