quarta-feira, dezembro 27, 2006

Quem Assistiu? Resident Evil - O Hóspede Maldito

"My Plague", música do Slipknot, desagradavelmente inunda meu quarto enquanto os créditos de "Resident Evil - O Hóspede Maldito" passam na tela da minha TV; logo depois ela é substituída por um outro new metal qualquer, e eu me sinto aliviado por finalmente ter assistido a esse filme, do qual muito ouvi falar.

Que fique bem claro para quem morou a vida toda numa caverna, Resident Evil é uma adaptação de um videogame. É, portanto, uma conseqüência da crise de criatividade que domina Hollywood, sobre a qual eu falei no meu último texto para o Quem Morreu?; e, embora essa crise me chateie, não deixo de ter esperança quando um jogo, uma série ou um livro é adaptado para o cinema, especialmente se eu gostar do objeto em questão. Não sou fã da série Resident Evil. O conceito me interessa; teorias de conspiração, grandes empresas acima da lei; e, principalmente, zumbis! Joguei o início de RE 4, mas a quarta edição do jogo é muito diferente das outras; não existem zumbis, a grande corporação terminou. Tudo que conheço sobre RE é a história dos 3 primeiros jogos, que eu li na internet antes de assistir ao filme. Baseado no que eu li, portanto, posso dizer com bastante segurança que como adaptação de um jogo, Resident Evil falha miseravelmente. Nenhum dos personagens do jogo estão presentes na adaptação; o time protagonista não é um batalhão da S.T.A.R.S., mas sim funcionários da própria Umbrella. Não, nada de Jill Valentine ou Chris Redfield, a protagonista aqui é Alice, inexistente nos jogos. Não assisti a Resident Evil com os olhos de um fã do jogo, mas sim como um fã de filmes de zumbi.

O filme começa com um grupo de funcionários da corporação Umbrella, friamente executada por um cruel computador após um nada acidental vazamento de um vírus que a corporação pesquisava, cujo objetivo era prolongar a vida humana. Um grupo de soldados que trabalham para a Umbrella são enviados para a base, com o objetivo de desativar a Rainha Vermelha, o computador central da base que aparentemente entrou em frenesi e matou todos os trabalhadores. O grupo, depois de sofrer diversas baixas (o que é mais do que esperado em um thriller como esse), descobre que os funcionários mortos pelo computador se recusam a permanecer mortos, e voltam na forma de corpos animados sem inteligência, buscando única e exclusivamente alimentar-se de carne humana.

Os personagens principais, infelizmente, são bastante estereotipados. Alice (Milla Jojovich) é o típico herói com amnésia; Rain (Michelle Rodriguez) é o típico valentão que sempre tem uma frase de efeito pronta para qualquer situação - a diferença é que aqui esse papel é feminino (ou quase isso); Matt (Eric Mabius) é um personagem apagado, um mocinho amargurado sem personalidade marcante; Spence (James Purefoy) também começa o filme como um mocinho amnésico, mas acaba se tornando o personagem mais interessante da história. Os atores cumprem sua função, mas ninguém se destaca, exceto talvez Michelle Rodriguez - que aliás é muito bonitinha, mas na pele de Rain ela certamente assusta mais do que os zumbis.

Resident Evil também não é um bom filme de terror, pois a maioria dos sustos é previsível ("Vai ter um zumbi pra dar um susto nela ali atrás. Olha, e não é que tinha mesmo?") e os momentos de tensão são conduzidos de maneira extremamente clichê. Nas seqüências de zumbis, porém, o filme esquenta bastante; o visual dos zumbis está muito bem feito, o movimento dos atores também é satisfatório, e essas cenas acontecem exatamente como devem acontecer: os mortos-vivos vão se aproximando vagarosamente enquanto o grupo tenta descobrir uma maneira de sair dali o mais rápido possível. Uma pena que essas cenas sejam escassas, e os primeiros zumbis só apareçam perto da metade do filme.

O visual dos zumbis, como já disse, ficou excelente. A maquiagem é bem-feita e convicente. O "grande monstro", cujo nome não é mencionado no filme (um bizarro produto da adição do vírus a um pedaço de tecido vivo), porém, só fica bem nas cenas em que é representado por um animatron; a sua CG simplesmente não parece se encaixar com o resto do cenário, e dá pra dizer com perfeição quando exatamente que o bicho é um animatron ou um fruto de computação gráfica.

Concluindo: para quem quer um bom bocado de diversão não muito profunda, Resident Evil é uma boa pedida. Como um filme de zumbi, é um trabalho apenas razoável, devido ao pouco tempo de aparição dos ditos cadáveres ambulantes. É um filme que certamente deixa os fãs do jogo irados com as grandes mudanças em relação à fonte da qual o filme bebe, e com uma certa quantia de razão.

Apreciadores de boas trilhas sonoras, passem longe. MUITO longe.

Fonte de pesquisa sobre os jogos: http://www.wikipedia.org


Observações e curiosidades:

-> Essa foi a primeira resenha de filme que eu escrevi na minha vida, iniciada à 1h50 da madrugada. Por favor, peguem leve, naturalmente não é nenhuma obra prima.
-> George A. Romero, o gênio que lapidou o gênero de filmes de zumbi com "A Noite dos Mortos Vivos" em 1968, foi o primeiro considerado para dirigir o filme. Sua versão do roteiro incluía Chris Redfield e Jill Valentine, a equipe S.T.A.R.S., e era, no geral, muito mais fiel ao jogo. Certamente seria um filme muito melhor - especialmente porque veríamos muito mais zumbis.
-> A frase "Just do it" é dita tantas vezes durante o filme que me deixou desconfiado de algum tipo de mensagens subliminares para fazer os espectadores saírem do cinema e irem direto para uma loja da Nike. Isso ou quem escreveu os diálogos não tem imaginação nenhuma.
-> Esperem, sem muitas esperanças, uma resenha de Resident Evil 2: Apocalipse na semana que vem - muito mais bem escrita do que essa, que foi prejudicada pelo sono. :P

sábado, dezembro 23, 2006

12 days of StarCraft




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SCV: On the first day of Christimas, Blizzard gave to me a brand new SCV!


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Wraith: On the second day of Christimas, Blizzard gave to me two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Marine: On the third day of Christimas, Blizzard gave to me three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Hydralisk: On the fourth day of Christimas, Blizzard gave to me four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Queen: On the fifth day of Christimas, Blizzard gave to me five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Zealot: On the sixth day of Christimas, Blizzard gave to me six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Zerglings: On the seventh day of Christimas, Blizzard gave to us seven Zerglings, six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Archon: On the eighth day of Christimas, Blizzard gave to me eight archons merging, seven Zerglings, six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Battlecruiser: On the nineth day of Christimas, Blizzard gave to me nine Battlecruisers, power overwhelming, seven Zerglings, six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Ultralisk: On the tenth day of Christimas, Blizzard gave to me ten Ultralisks, nine Battlecruisers, eight Archons merging, seven Zerglings, six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Science Vessel: On the eleventh day of Christimas, Blizzard gave to me eleven Science Vessels, ten Ultralisks, nine Battlecruisers, I hate all this singing, seven Zerglings, six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!


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Arbiter: On the twelveth day of Christimas, Blizzard gave to me twelve Arbiters, eleven Science Vessels, ten Ultralisks, nine Battlecruisers, eight Archons merging, seven Zerglings, six Zealots fighting, five new born Queens, four Hydralisks, three Marines, two Terran Wraiths and a brand new SCV!!!!! (Why am I so Jolly?)

terça-feira, dezembro 19, 2006

Gerador de Nomes Aleatórios by TEN NAITO

Ficar sem internet por algum imprevisto sempre faz a pessoa sentada ao computador fazer uma coisa: explorar o seu HD. Como não é possível navegar pelos sites da internet, resta a opção de navegar pelo próprio disco rígido. É nesses momentos que você acha aqueles arquivos que nem sabia mais que tinha; acha aquele que nunca soube o que teve; e acha aquelas coisas dispensáveis, ou seja, ficar sem internet é bom para o HD, pois não há o que baixar, e sempre há o que deletar.

Pois então, num desses momentos sem internet, comecei a utilizar como browser o Windows Explorer. Vi que na pasta do Photoshop tinha exemplos bem interessantes, inclusive de ImageReady, programa que deletei porque achei sempre inútil (no meu caso, já que faz meses que mal uso o Photoshop, imagina usar o ImageReady). Também vejo que tenho pastas inúteis no Arquivos de Programas, de programas estúpidos que desinstalo mas deixam a sua pasta lá. Geralmente deixam logs, que não me tem utilidade alguma, ou o uninstall.exe. Acho músicas que nem sabia que tinha, e as deleto sem ouvir, para não correr o risco de gostar e assim ocupar mais espaço. Vejo a pasta do Download Mage, programa que serve para eu ver há quanto tempo tenho internet banda larga, pois o instalei no primeiro ou segundo dia. Como vejo? Assim. Aliás, recomendo para todos o Download Mage, excelente gerenciador, nada pesado, menos de um megabyte.

Também vejo diretórios como o C:\Arquivos de Programas\Arquivos Comuns, onde há pastas que não faço idéia da utilidade, mas cheia de arquivos, principalmente DLLs, então deixo quieto.

Outro lugar interessante é a pasta de arquivos recebidos do IRC. Entre as imagens há projetos de avatares, desktops sabe-se lá de quem, screenshot de show do AC/DC, screenshot de StarCraft, imagens de RPG Maker, exercícios de matemática, wallpapers que nunca usei, capas de CDs, piadas, fotos de pessoas aleatórias, ou não tão aleatórias, assinaturas do Quem Morreu? e avatar de gente do gueto. Entre outros arquivos, tenho dúzias de replays do Carom, sendo que a maioria nunca vi, jogos do Sr. Bigode, além de (in)utilitários em geral que nunca instalei.

Explorando o HD também acho um programa que nunca lembraria que existe, o FACE MAKER.

Enfim, se eu continuasse inumerando as inutilidades que acho no HD nas horas sem internet a lista não teria fim nunca. O que me fez postar aqui foi um programa que abri não necessariamente por causa da exploração, mas por causa do tédio mesmo. Se trata do incrível GERADOR DE NOMES ALEATÓRIOS by TEN NAITO.

No mundo do RPG Maker sempre teve um gerador de nomes, mas era muito limitado, e não costumava fazer coisas boas. Por isso, um grande programador e gênio das línguas, TEN NAITO, resolveu fazer o seu próprio programa. Retomamos o contato com o programa há aproximadamente um ano, quando começamos a fazer o novo MEMPHIS, que um dia sai. Não achamos o programa em lugar algum da internet, mas um doido aí (Xahwlywz) o tinha num CD de revista. O programa já foi utilizado aqui no QM?, nesse post do GuardianHalberd.



O tédio me fez explorar mais o programa, e até dar uma olhada em seu Leia-me. Pelo Leia-me percebo que o Ten Naito, assim como o criador de Memphis, leu muito gibi da Mônica quando criança: termina todas as frases com exclamação. Na verdade o TN não termina todas com exclamação, mas o dono da MASSACRE games não possui outra pontuação no teclado. Antes de falar do programa, farei mais alguns comentários sobre o leia-me.



Veja que o programa é avançadíssimo: O Windows Vista é a versão X (X < 9) do Windows, e o Gerador já está pronto para a versão 9 (comentário à la Sr. Bigode, diga-se de passagem).

Aqui o negócio fica normal em 800x600, ficando nada fora da tela.

Perceba o quão culto é TN, utilizando-se de uma mesóclise.

Mais abaixo vemos mais uma prova de sua intelectualidade, onde ele usa uma aportuguesação para a palavra 'fix'. Ou, o que eu acho provável, ele acha que essa palavra existe mesmo em português (nesse sentido) e usou normalmente. Lendo-se a frase com o sentido natural em português acaba surtindo uma ambigüidade engraçadinha, kekeke.

Agora vejamos a interface do programa.



1 - Mais famoso, primeiro e também único avatar de Ten Naito.

2 - Uma Ten Naito Produções. ???

3 - Jabá básico da Maker Universe, onde ele divulgou essa versão.

4, 5, 6 - As bibliotecas de línguas, que geram os belos nomes. É uma pena não terem saído novas versões, adoraria ver nomes aleatórios em coreano, persa, aramaico, pálavi, entre outros. A terceira biblioteca (6) é criada pelo próprio Ten Naito, mostrando mais uma vez sua sagacidade. Mais detalhes, ver o leia-me.

7 - Em todo e qualquer lugar que tem algo do programa ele fala que é freeware. Parece que quer que as pessoas fiquem tranqüilas ao usar o programa, afirmando toda hora que é gratuito.

8 - Ao invés de criar um menu Ajuda -> Sobre, Ten Naito inova colocando seus créditos (além de dizer que é freeware) na própria tela do programa, uma mensagem subliminar para ninguém esquecer seu nome.

9 - Clicando aí abre-se a janela onde pode-se 'gerenciar' os nomes escolhidos. Só dali você pode finalmente salvar os nomes e então copiá-los. Sendo que seria muito mais prático poder copiar os nomes já da tela onde eles aparecem. Então, você tem que ver o nome e digitá-lo em outro lugar. Mas alguns nomes valem esse esforço do item 9. Veja, por exemplo, alguns nomes criados em devanagari, com 7 sílabas.



Mas calma. Nem tudo é assim. É possível criar nomes legaizinhos para usar em seu jogo de RPG Maker, batizar seu gato, usar como nick para se camuflar em fórum, etc. Veja alguns razoáveis escolhidos por mim. Há de três bibliotecas: japonês, modo II e latim, todos com três sílabas.



No final das contas, o GERADOR DE NOMES ALEATÓRIOS VERSÃO BETA 0.9 BY TEN NAITO é um bom programa. É uma pena que não tenha saído novas versões (que eu saiba), e o Ten Naito desapareceu. Mesmo assim divulgamos este belo programa e esperamos que seja de grande utilidade para todos.

Onde baixar? Sobe aí e vai até o título do post. E o arquivo é um rar da pasta do GNAVB0.9BTN porque não tenho o instalador, então substituirei o link em breve.
Agradecimentos a SkyGuardian, única alma caridosa disposta a me redimensionar uma imagem às 3 da manhã.

sábado, dezembro 16, 2006

Vale a pena ver de novo?

AVISO: O texto abaixo é fortemente carregado com opiniões pessoais relativas ao cinema. Não tenha medo de discordar nos comentários.

Qualquer um que acompanhe com uma mínima assiduidade a indústria de cinema hollywoodiana já conhece a atual crise de criatividade pela qual os estúdios andam passando, e já perceberam a conseqüente onda de revivals de franquias e de remakes de antigos sucessos; de coisas realmente novas, se vê muito pouco.

Antes de continuar, ressalto que o texto a seguir se refere às produções mainstream de Hollywood. No circuito alternativo e mesmo no hollywoodiano não-tão-blockbuster ainda aparecem algumas produções muito boas - entre os que assisti recentemente, destaco Lemming - Instinto Animal, O Ilusionista (com Edward Norton, o protagonista sem nome de Clube da Luta), Pequena Miss Sunshine (genial.), Edukators, de 2004 (uma palavra: ASSISTAM) e, claro, o novo de Almodóvar, Volver. Estando essa questão clara, voltemos ao assunto do texto.

Quando o assunto é ganhar dinheiro, os executivos de Hollywood tiram água de pedra. Afinal, se a idéia é boa, porque não aproveitá-la até realmente não dar mais? São pensamentos assim que fazem com que franquias que estavam muito bem guardadas na locadora, prontas para serem vistas e revistas, sejam revisitadas, e novas seqüências para elas sejam produzidas. Já não são recentes as notícias sobre a produção de Indiana Jones IV; a trilogia Um Tira da Pesada, aquela dos anos 80 com o Eddie Murphy, também está às margens de se tornar uma tetralogia; o sexto filme de Rocky, que se chamará Rocky Balboa, está prestes a estrear nos cinemas americanos; Rambo 4 já está mais do que confirmado; algum tempo atrás assistimos ao desnecessário e ridículo O Exorcista: O Início... Acho melhor parar por aí. Senão é capaz de vermos um De Volta Ao Futuro IV com um Michael J. Fox computadorizado.

Mais um parágrafo esclarecedor: não citei aqui 007 porque a franquia não foi "revivida", ela nunca chegou a morrer; e nem as prequels de Star Wars, pois elas já eram esperadas (pretendo escrever algo exclusivamente sobre elas no futuro).

Agora, os remakes. Quando alguém quer reviver uma franquia, mas não quer criar um filme novo, regrava-se que já existia. A lista aqui também é extensa, mas a situação é um pouco mais feliz; tivemos recentemente o excelente King Kong e... espera, a situação não é tão mais feliz assim. Alguém pode refrescar minha memória com bons remakes recentes? Tenho certeza que devem existir alguns, mas nenhum cruza minha mente no momento. Agora a coisa complica: existem boatos de um remake de Os Pássaros (depois do desastroso remake de Psicose, deveriam ter aprendido que com obras do Hitchcock não se mexe), estamos todos cansados de remakes que estragam bons terrores japoneses, como O Chamado e O Grito (pior terror teen que eu me lembro de ter assistido.), a refilmagem Poseidon é um filme extremamente desnecessário, Madrugada dos Mortos é um remake que não chega aos pés do original - zumbis que CORREM?! Ah, pelo amor de Romero. Isso pra não falar do remake de Edukators que está sendo planejado, cuja versão original já citei lá em cima. Norte-americanos parecem simplesmente incapazes de assistir a bons filmes estrangeiros sem que seja produzida uma versão "pipoca" com atores norte-americanos, onde os personagens falam inglês.

Outra praga é o renascimento do conceito de filmes de fantasia, trazido inicialmente por Harry Potter e O Senhor dos Anéis, e que gerou coisas como o não-estreou-e-eu-não-gostei Eragon e o desprezível Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.

A lista não pára. Temos ainda as adaptações de quadrinhos, cujos bons resultados dá pra contar nos dedos do Lula, adaptações de livros (mas certo, nada a reclamar destas, muitos dos melhores filmes são boas adaptações de bons livros - e não, não estou falando de você, Código da Vinci), adaptações de games (por que diabos o Uwe Boll ainda é um membro livre da sociedade? Prendam esse cara logo!), prequels...

O cinema, já faz algum tempo, se tornou algo tão processado e artificial quanto a atual indústria musical MTVzada. Essa tendência, infelizmente, é perfeitamente cabível para a juventude de hoje, acostumada a receber informação e entretenimento assim, mastigado. A crise de criatividade, que nos impede de assistir grandes lançamentos realmente novos e criativos, é conseqüência disso. E a situação, infelizmente, só tende a piorar.

Enquanto isso, apelo para o cinema mais alternativo, para os "não-blockbusters" de Hollywood e para os clássicos. Agora tchau, que vou assistir Janela Indiscreta, do Hitchcock. Antes que alguém resolva refilmar!



Fontes de pesquisa para detalhes sobre alguns dos exemplos:
http://www.imdb.com
http://www.a-arca.com