domingo, novembro 27, 2005

Final Fantasy - Parte 3

Depois de anos, resolvi escrever algo para o Quem Morreu, que parece ter sido o próprio blog.

Vou falar sobre o Final Fantasy IX, já que recentemente comecei a jogar novamente o bicho. Vou começar falando sobre o enredo mesmo. Ao ligar seu PlayStation, aparece que o jogo é da Square USA. Depois aparece o logotipo da Square e entra a CG inicial, que é uma cena com mapas e algumas CGs do jogo, mas nada spoilento (tem jogos que só falta mostrar cena do final na CG de abertura). Na tela de Start/Continue, se você deixar parado, vai entrar umas imagens com o personagem CGzado (putz), uma 'característica', ou algo assim, e uma frase. Mostra quatro em uma vez, mais quatro noutra, ou seja, se quiser em 2 minutos tu vê todos os personagens do jogo. Mas ok, teoricamente tu vê quando comprou, estão na caixa.

Tá, apertando o manjado X em Start, começa o negócio. Obviamente começa com uma CG. O início dela você só entende mais pra frente. Está havendo uma tempestade, e um barco sobre ela, onde se encontra uma pessoa não identificada e uma menina. Logo a cena muda e mostra o castelo de Alexandria, e aparece a princesa, e qualquer ser nota que era ela no barco. Então 'entra' no jogo, você parece controlando um carinha que tem um rabo de macaco, aparecem uns doidos e lutam com ele. O do rabo se chama Zidane, e é o personagem principal do bagulho, os outros são companheiros dele, vou falar os nomes só pra enrolar, Baku é o chefe, e os outros são Cina, Marcus e Blank. Os três mais Zidane lutam com Baku, algo só pra enfeitar. Não sei se é aí que falam, mas eles são de uma companhia de teatro (Tantalus), e que estão indo para Alexandria para apresentar a grande peça "I Want To Be Your Canary". Eles vivem em um navio voador movido a névoa (comum no continente de Alexandria - Mist Continent - e serve de combustível para as naves).

Mas o objetivo deles na verdade é raptar a princesa de Alexandria, Garnet Til Alexandros (óbvio que é a que aparece na abertura). O porquê disso é spoil, então esqueça. Garnet quase dorme durante a peça. Então enquanto alguns apresentam a peça, Zidane e Blank saem atrás da princesa. A rainha de Alexandria, Brahne, vê que a filha saiu do banco, e manda o cavaleiro, digamos, 'real', ir atrás dela. Ele se chama Adelbert Steiner, chamado só de Steiner, e é mais um dos personagens, alvo de piadas, principalmente por parte de Zidane (ou só dele). Antes da peça, você joga com Vivi, um mago negro de 6 anos, um dos personagens mais cativantes do jogo, pois tem momentos que vão do humor a tristeza. Ele tem uma grande trama psicológica que é desenvolvida ao longo do jogo. Continuando, então Steiner vai atrás da princesa, e enquanto isso Zidane e Blank (disfarçados como soldados de Alexandria - ou os Knights of Pluto, onde ficam os melhores soldados, sendo Steiner seu comandante) acham a princesa, e correm atrás dela. Depois de muita confusão, acabam todos, Steiner, Zidane, Garnet, Vivi e os personagens aleatórios no palco da apresentação, e começam a improvisar algo (muito original).

Então acaba que todos começam a fugir. Brahne, que é uma grande imbecil (eu falaria algo mais forte, mais deixa assim) que se revela aos poucos, solta canhões e bombas no navio da trupe de Zidane. Para finalizar ela manda um Bomb (bichinho manjado de FF, uma bola de fogo). Enquanto você luta com Steiner (que quer a princesa de volta a qualquer custo), o queimado fica crescendo, até que explode, danificando muito o navio. Eles conseguem fugir, mas caem em uma floresta logo a frente. Inicialmente Garnet some, mas Zidane, Vivi e Steiner vão atrás da princesa. Eles escapam da floresta, que acaba toda petrificada e com Blank dentro. A partir daí você sai pelo mundo. Não vou apresentar os outros personagens.

Isso foi uma introdução básica, acontece de tudo no jogo. Todos os personagens se deselvolvem bastante (principalmente Vivi), tem bizarrices na história do Zidane, etc. Agora é hora de falar do jogo em si.

Lançado em 2000, FFIX foi o último jogo da Square para o PlayStation (eu acho). Foi lançado no mesmo ano de pérolas como Vagrant Story e Chrono Cross, mas não ficou para trás. Fazendo uma visão geral, talvez a principal característica do jogo é que ele volta às raízes da série, pois possui cavaleiros, magos negros/brancos e outras coisas que não sei. Ouvi dizer que o Zidane aparecia no FFI, algo assim, mas não tenho certeza. Mas isso não é o melhor de FFIX, pelo menos pra mim.

Vamos por partes, começando pela jogabilidade e o sistema do jogo em si. Você controla um personagem - na maior parte do jogo, Zidane - que se mexe pelos cenários, conversa com NPCs, e etcétera. Ok ok, vamos lá. Diferentemente de FFVIII, só aparece um personagem se movimentando na tela, mas diferentemente de FFVII, eles não entram no principal, o que é horrível, a tela sempre dá um fade-in/out na hora de agrupar ou separar os personagens. Inicialmente você não percebe isso, mas aos poucos nota e vê que deixa o jogo mais bonito, sem a bizarrice de uns entrarem nos outros. No menu temos opções normais, como Config, Status, Item, e a do sistema 'geral' (as materias ou o junction do FFIX) do jogo, as Abilities, que explico mais a frente. O visual do menu é simples e não carregado. Na tela de itens, diferente de FFVIII onde se tinha em páginas, aqui ficam tudo junto, como em FFVII, mas não chega a ser tão ruim. Cada item possui um ícone colorido (antes eram preto-e-branco), sendo que a maioria deles são únicos e muito bonitos. Há os Key Itens, que se você selecionar (isso pareceu coisa de computador) vai aparecer algo parecido com um pergaminho e uma frase sem sentido qualquer. No menu também há a opção Order, presente nos jogos mais antigos, em que você escolhe em deixar o personagem na fila da frente ou de trás. No menu Config se percebe algo curioso: você pode definir para jogar com dois jogadores nas batalhas, definindo quem controla quem. Para ajuda, ao invés do enorme e exaustivo tutorial de FFVIII, é só apertar select, que um balão com um mog explica qualquer coisa no menu, itens, magias, habilidades, tudo mesmo (também pode ser ativado na batalha).

Mas no menu não há a opção de salvar o jogo, o que foge do padrão. Ao invés disso, você salva nos clássicos mogs, que estão espalhados pelo mundo. Você chega num mog, ele pergunte se você quer salvar, usar um Tent (que pode ser usado na batalha aqui), comprar algo (Mogshop - não tem em todos os mogs) ou usar a Mognet - um serviço, digamos, de correio, em que um mog pede para você levar uma carta até outro. Óbvio que um mog manda a carta para um que fica no seu próximo destino no jogo. A Mognet rende mais para frente uma sidequest. No mapa-múndi você aperta quadrado e vem um mog do fim-do-mundo para te atender. Aliás, o tent nesse jogo é uma grande porcaria, pois não cura totalmente seus personagens, nem revive eles.

Vou falar agora sobre o sistema de batalha. Primeiro sobre o layout da batalha. O de FFVII era uma grande porcaria, chegando a cortar a tela. O de FFVIII já era mais moderno e simples, e o de FFIX é parecido com o do VIII, mas mais menor ainda, e com as barrinhas mais bonitinhas, e você segura o quadrado e some tudo. Sobre o sistema em si. Cada personagem tem quatro comandos, sendo o primeiro ataque e o último, item. Os do meio são exclusivos (ou quase) do personagem em questão, o que diferencia bastante de FFVII e principalmente de FFVIII (os personagens eram genéricos, cada um podia ser qualquer coisa, menos o limit break). Zidane, como é um ladrão, possuei os comandos roubar e skills, que tem poderes aleatórios. Garnet, que é uma maga branca, possui os comandos evocação (ou inv..., me confundo nisso) e magia branca, magias de cura e status em geral. Vivi que é um mago negro, possui o comando focus, que aumenta o poder das magias em geral, e o comando das magias negras em si, magias de ataque, como Fire ou Blizzard. Steiner possui um comando de golpes aleatórios e inúteis com a espada, e outro que só pode ser acionado se o Vivi também estiver no grupo, que é o Swd Magic, que junta os poderes do Vivi na espada do Steiner. Freya, que é uma cavaleira do dragão (isso seria um dragon knight?) possui o comando dragão, que faz coisas aleatórias com dragões, e o famoso jump, em que ela pula e volta depois atacando. Quina que é... não sei dizer qual é a raça (mago/a azul?), possui o comando comer, que come (!) o inimigo em questão, e dependendo de qual for, dá uma blue magic (magia de monstro) para Quina usar, quase igual a Quistis no FFVIII.

Depois dos limit breaks, aqui temos o trance. Ele é acessado como em FFVII, apanhando. Quando a barra se completa, pára tudo no jogo e ocorre uma transformação no personagem e ele fica brilhando. Então mudam alguns comandos (em alguns), ou apenas deixa o personagem mais forte. Zidane pode usar uns poderes genéricos, baseado nas suas skills. Freya pula e fica soldando lanças até acabar a barra (a barra vai diminuindo a medida em que você realiza ações, quando ela acaba o personagem volta ao normal). Vivi pode usar duas magias no mesmo turno, Eiko idem. Amarant pode usar seus poderes, mas dessa vez em todos os personagens.

Em FFIX há cinco equipamentos para cada personagem (no VII havia dois, e no VIII um, se é que conta): arma, cabeça, mão, armadura e acessório. Os equipamentos aqui são muito importantes, pois deles que vêm as habilidades do jogo. Habilidades aliás, que são o sistema do jogo.

Cada equipamento possui certas habilidades que o personagem começa a aprender, caso ele seja 'compatível' com a habilidade. Por exemplo, personagens que tem ataque forte, como Amarant ou Zidane, possuem habilidades que fazem os ataquem serem mais fortes contra certos tipos de inimigos, como bird killer ou beast killer. Já os magos não possuem essas habilidades, por seus ataques serem fracos. Continuando, quando você equipa o (equipamento) item, você pode usar a habilidade (explico isso mais prá frente). Mas as habilidades podem ser aprendidas, assim não precisando mais do equipamento. Cada habilidade (quantas vezes vou falar essa palavra?) possui uma certa quantidade de AP (ability points) para ser aprendida. Conseguindo a quantidade de AP, a habilidade é aprendida e não é mais necessário o equipamento, podendo trocar para outro para aprender outra habilidade, por exemplo.

Existem basicamente dois tipos de habilidades do personagem (nomes que inventei agora): habilidades de personagem, que somente aquele personagem pode usar (mostrados por um ícone vermelho), e habilidades gerais, que mais de um podem usar (ícone verde). As de personagem são únicas de cada um (ou de dois), por exemplo, Zidane e suas skills, as magias negras de Vivi, as técnicas aleatórias de Steiner, as magias brancas de Garnet e Eiko. As normais podem ser equipadas na maioria dos personagens, vou dar exemplos de alguns dos tipos. Existem as auto-x, como auto-life, auto-regen; as que tiram mais HP de monstros (como falei acima); as que evitam status; habilidades para ganhar níveis e habilidades mais rapidamente, ou para a barra de trance ficar cheia mais rápido; algumas só um personagem pode equipar (como uma que faz roubar mais/melhor, de Zidane).

Para equipar as habilidades você usa magic stones. Cada personagem tem tantas magic stones, e cada habilidade usa tantas. Habilidades de auto-x usam mais (mais de dez), habilidades de status usam um número menor de stones (entre duas e cinco). Mas acaba sendo um número razoável, e dá para controlar bem suas habilidades equipadas.

Uma das melhores vantagens do sistema de habilidades/magic stones é que você não precisa trocar as suas materias ou o junction quando for trocar de grupo, é só trocar os personagens e feito, nada de estresse.

Finalizando essa parte, a jogabilidade/sistema de jogo de FFIX é excelente, muito superior a FFVII e não tanto assim em relação a FFVIII... talvez apenas diferente.

Agora falando dos gráficos. No geral, eles... não diferem muito dos de FFVIII. Os gráficos são excelentes, mas a Square certamente já tinha chegado a quase todo o potencial do PS em FFVIII. Os polígonos melhoraram razoavelmente até, com faces mais definidas que FFVIII. Os cenários são pré-renderizados como sempre, mas aqui há mais cenários que se movimentam (com perfeição). As cenas de CG continuam excelentes como no anterior, mas as do IX possuem mais brilho em si, mas isso é uma opinião pessoal. As cenas da batalha entre Bahamut e Alexander são perfeitas. :) Os gráficos na batalha são razoáveis (os cenários são um pouco limitados, para poupar polígonos, certamente). Assim como em FFVIII os personagens nas batalhas são os mesmos que no jogo (em FFVII, não). Os efeitos das magias estão bons, mas eu particularmente prefiro alguns de FFVIII. Tecnicamente estão superiores aos efeitos do antecessor. Os inimigos estão muito melhores que os do VIII em sua maioria (vide Adamantoise). As animações de summons estão um pouco melhores que as do VIII, ou diferentes, como preferir. Mas elas em geral têm mais brilho e luzes. E para não incomodar tanto a sua paciência, as animações são cortadas na maioria das vezes, já que nos anteriores você tinha que esperar horas, aqui na maioria das vezes aparece apenas o final delas.

Aliás, o jogo dá mais ênfase aos summons (ou eidolons - eu adoro essa palavra), sendo que eles participam diretamente no enredo do jogo. Garnet no começo do jogo já tem alguns, mas não usa, daí eles são extraídos... bem, deixa pra lá.

Agora falando do som. As músicas são... perfeitas. :| Todas são ótimas e ficam na sua cabeça, as de batalha, temas de personagem, algumas de cidade... não sei o que comentar. Os efeitos sonoros são o padrão (qualquer jogo sempre se fala isso, bah).

O jogo também tem cartas, como no anterior. Bem, eu sempre li reviews em sites por aí (cofcofrpgacofcof), que diziam que o jogo do FFVIII é uma porcaria e que o do IX é lindo. Pois bem, é bem ao contrário. O jogo de cartas do IX é uma bela porcaria. O do VIII tinha regras às vezes estúpidas, mas as desse são demais, sem contar que só pode ter 100 cartas, dum total de 100. Triple Triad > Tetra Master. As cartas são genéricas, nem dá muita vontade de colecionar. Tá, essa parte pode ter sido totalmente pessoal, mas dane-se.

Aqui tem chocobos. Para mim, melhor aqui que nos outros dois (ou não tanto em relação ao VII). Você vai na Chocobo's Florest, fala com o mog, vai no mapa, acha pegadas de chocobo, usa um gysahl greens, e aparece o bicho. Daí pode montar e andar. Se voltar na floresta é que começa a coisa. Você joga um joguinho estressante chamado Chocobo Hot & Cold, em que tu monta no chocobo um minuto e fica na floresta bicando o chão atrás de itens. Daí tem os chocograph, uma bagulho que serve prá você ir no mapa e procurar algo, geralmente um baú. Daí vai achando mais chocographs, vai subindo o nível do bico (isso mesmo), vai achando novas florestas... por aí vai. Deve dar itens interessantes, pois nunca fui muito longe nisso.

Assim termino esse review ou chamem como quiserem. Devo ter esquecido algo, é claro, mas preciso postar logo, ou esse brogue vai morrer. Tchau.

Anteriores:
Final Fantasy VII
Final Fantasy VIII

5 Comentários:

Às terça-feira, novembro 29, 2005 7:36:00 PM , Blogger Luiz Madeira disse...

Pqp isso é que é REVIEW! XD

Gigantesco e completo \o\

 
Às terça-feira, novembro 29, 2005 9:17:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

ei
adorei d seu blog.. t nota 10 gostei muito viu ^^?
bjus :**

 
Às terça-feira, novembro 29, 2005 11:32:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

parabens... seu blog ta 10, entra no meu ae
www.analbabes.com ^^
ta, parei

 
Às quinta-feira, dezembro 01, 2005 10:06:00 PM , Blogger Unknown disse...

Tô avançando com o Chocobo agora, é rulez :|

 
Às segunda-feira, fevereiro 27, 2006 3:40:00 AM , Anonymous Anônimo disse...

Nem li, ó Marcelo.
Mas é isso ae, parabens.

 

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