Quem Ouviu? Álbuns de 2006
Esse texto é de um ponto de vista totalmente pessoal: não estou preocupado com o novo disco do David Gilmour, do Blind Guardian ou do Sandy & Junior. Mas com alguns membros postando, esperamos abranger uma variedade maior de estilos. O autor desse texto é totalmente parcial e não está nem um pouco preocupado se alguém discorda dele.
Rock Star Supernova - Rock Star Supernova
Rock Star Supernova é uma banda que surgiu em um reality show nos EUA. A função do programa era encontrar um vocalista para gravar um álbum com uma 'superbanda': Tommy Lee, baterista do Mötley Crüe; Gilby Clarke, ex-guitarrista do Guns N' Roses; e Jason Newsted, ex-baixista do Metallica.
Uma banda surgida em reality show geralmente já não tem esperança nenhuma. Eu acharia o mesmo da Supernova. Mas ao ver esse time, eu esperei que viria algo razoável. Pois é.
O negócio começou errado na função inicial do reality, que era encontrar um vocalista. Não vi o programa, mas posso garantir: eles pegaram um dos piores vocalistas. O carinha (Lukas Rossi, que já fez uns serviços aleatórios antes, mas nada 'grande') tem um visual bagaceiro e não canta porcaria nenhuma. Eu pensei em dar uma chance e não ouvir apenas esse álbum para dar o veridito sobre a voz do sujeito. Ouvi ele cantando Livin' On a Prayer, do Bon Jovi. Precário. Cantou uma versão lenta e acústica, ou seja, não teve tanta mudança das estrofes pro refrão. Mesmo assim o cara consegue ser péssimo. O refrão ficou escroto. Sem contar que mudou as linhas vocais e trocou pedaços da letra, vá se ferrar. Eu poderia me prolongar, falando sobre versões acústicas do Jovi, que eu adoro, mas isso não vem ao caso.
O álbum, auto-intitulado, foi lançado dia 21 de novembro, pouco mais de dois meses após o projeto de vocalista ser escolhido. Talvez isso explique a várzea - não tem uma música que se salve. Eu diria que Be Yourself (and 5 Other Cliches) é a música menos ruim do álbum, porém não consegui ouvir muitas vezes. No geral não tem uma música que se destaque. É um som feio, sujo, não empolga nada e dói o ouvido. A guitarra em geral é péssima, imunda, parecendo que usaram um amplificador de padaria. Algumas músicas são mais faladas do que cantadas. Isso poderia ser bom, mas obviamente, aqui ficou péssimo. Todo o álbum soa artificial, não é uma coisa que dê vontade de ouvir.
Meu medo é o de que essa banda continue. Imagino que com essa (falta de) qualidade, não venham a fazer sucesso suficiente para lançar outra coisa. Tommy Lee deve de se divertir muito mais no Mötley Crüe, Gilby Clarke devia continuar só na carreira solo e Jasos Newsted... bom, não sei o que ele faz da vida, mas certamente é melhor que isso.
Não sei qual foi a recepção do álbum nos EUA, mas eles estão fazendo shows por lá. Imagino que os shows tenham público apenas por causa de seus músicos; um álbum daqueles com onze músicas xaropes não atrairia muita gente.
Nota: -2.
Vídeo com Be Yourself (and 5 Other Cliches)
Tracklist
1. It's On
2. Leave the Lights On
3. Be Yourself (and 5 Other Cliches)
4. It's All Love
5. Can't Bring Myself To Light This Fuse
6. Underdog
7. Make No Mistake... This Is the Take
8. Headspin
9. Valentine
10. Social Disgrace
11. The Social Disgrace
***
Paul Stanley - Live to Win
Desde Psycho Circus, de 1998, o Kiss largou mão de lançar coisa nova. Foram várias turnês, lançamentos ao vivo e compilações. Além de, é claro, um novo produto por semana. Quando irão lançar algo inédito, se vão, não se sabe. De inédito restam os solos dos integrantes. Gene Simmons lançou o dispensável 'Asshole', que começa mal já pelo nome, e não é necessariamente inédito.
Até que em outubro último Paul Stanley lança seu segundo álbum solo em 28 anos: Live to Win. Álbum muito aguardado pelos fãs, afinal, se não tem algo do Kiss, já serve do líder da banda. E serve mesmo - Live to Win é um ótimo álbum.
Stanley já começou bem na composição: quem participa do álbum é Desmond Child http://en.wikipedia.org/wiki/Desmond_Child, compositor que trabalha com dúzias de pessoas e faz músicas do tipo Dude (Looks Like a Lady) (Aerosmith), You Give Love a Bad Name (Bon Jovi) e Livin La Vida Loca (Ricky Martin) (!), além de várias músicas do Kiss, como o hit das discotecas I Was Made For Lovin' You.
O álbum tem dez faixas e todas elas têm menos de quatro minutos. Apesar da simplicidade, são boas músicas, sendo delas três baladas. Essas por si não são ruins, até agradam, mas as deixo em um patamar abaixo. São sete músicas que demonstram que Paul ainda está vivo (e para vencer - kekeke). O álbum tem um som moderno, com elementos eletrônicos aqui e ali, diferenciando da sonoridade do Kiss, mas a aura é a mesma.
Como já disse, as músicas são curtas; são diretas e com refrões que dão vontade de cantar alto (normal), incluindo as baladas. Há poucos solos de guitarra em geral, mas, para mim, não fizeram falta. Tudo se encaixa bem em Live to Win. A música título começa com uma batida que lembra uma certa Have a Nice Day.
São dez faixas cheias de energia, indico todas. Delas destaco Where Angels Dare, minha preferida deste CD. Espero que venha mais coisa pela frente, seja com o Harvey ou com o Kiss (que tem atualmente uma ótima formação, que certamente faria algo bom no estúdio).
Live to Win é um álbum fácil de escutar e que certamente agradará a muitos gostos. Altamente recomendado.
Tracklist
1. Live to Win
2. Lift
3. Wake Up Screaming
4. Everytime I See You Around
5. Bulletproof
6. All About You
7. Second to None
8. It's Not Me
9. Loving You Without You
10. Where Angels Dare
***
Skid Row - Revolutions Per Minute
Quando decidi escrever sobre o novo álbum do Skid Row, já tinha a idéia de dizer que era um péssimo CD. Obviamente fui ouvir o álbum novamente, pois tinha ouvido pela última vez alguns meses atrás. E o estranho foi que percebi que o CD não é lá tão ruim. Mesmo assim, fica muito aquém do Skid Row antigo (lá vem as comparações...), e no geral não o recomendo.
Quando ouvi a notícia de que o álbum seria produzido pelo mesmo cara que produziu Slave to the Grind (na minha opinião, melhor CD do Skid Row, fácil), tive uma ponta de esperança de que a banda voltasse a ser um pouco do que era nos tempos de Sebastian Bach. Também gostei da capa e do nome. O disco anterior, Thickskin, é bem limitado. Talvez até seja um álbum razoável, mas em comparação com algum anterior da banda, não tem chance (é, preciso comparar).
No geral, Revolutions Per Minute soa mais punk do que hard rock. Mas é um punk que eu não gosto nada (ver Riot Act, do Slave to the Grind, música com pitada de punk que eu adoro). O Skid Row sempre teve isso de punk (ou seria só o baixista e líder da banda, Rachel Bolan?), mas nesse álbum ficou totalmente à tona. Há também influência country, explícita na faixa You Lie, por exemplo.
Tenho que admitir que apesar de não gostar do vocal nem do timbre das guitarras, algumas músicas são agradáveis até, e tem refrões bonzinhos. Pulling My Heart Out From Under Me tem um instrumental xarope, um vocal tosco, mas um refrão que gruda. Mas como disse, o timbre das guitarras não agrada. São em geral, digamos, 'fracos'. Não há a força das guitarras de Monkey Business ou Eileen, nem solos ou riffs interessantes. Parece que Snake e Scotti Hill perderam a criatividade. Outra coisa que não gostei foi da bateria, igualmente sem graça. O atual baterista (quem?), ou é meio ruim, ou teve que tocar desse jeito mesmo. Os dois juntos, talvez.
Os caras decidiram não pôr baladas no álbum. Porém, prefiro um álbum com dez In An Darkened Room, por exemplo, do que esse.
Resumindo, Revolutions Per Minute não é um bom álbum em geral e muito menos em comparação com os três primeiros do Skid Row. Não deixa de ser legal de ouvir bem casualmente (When God Can't Wait é animadora), porém ele deixa muito a desejar. Depois desse, tenho certeza de que o Skid Row não voltará a fazer o som de antes. Não sou daqueles que suplicam para ser como antes, que volte Sebastian Bach e que todos vivam felizes para sempre. Só quero que façam música boa. Mas não fazem. Talvez, quem sabe no futuro, façam algo bom. Mas duvido muito. Enfim, com licença que agora vou ouvir Living on a Chain Gang para relembrar os bons tempos.
Vídeo de When God Can't Wait.
Tracklist
1. Disease
2. Another Dick In The System
3. Pulling My Heart Out From Under Me
4. When God Can't Wait
5. Shut Up Baby, I Love You
6. Strenght
7. White Trash
8. You Lie
9. Nothing
10. Love Is Dead
11. Let It Ride
4 Comentários:
por que ce só deu nota pro primeiro?
Só ele eu não precisava pensar pra dar nota
Conguratulations, chinelinha! Bugou tudo a página.
Só porcaria, mas a intenção foi boa, você não faz resenhas muito bem mas gostei de ver a tentativa.
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